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Night Time Police Violent Crime Intervention. Police Vehicles with Flashing Lights.

81 PMs são alvos de mandados de prisão por envolvimento em homicídios

Para o cumprimento de 81 mandados de prisão temporária contra policiais militares investigados de homicídio, a Polícia Civil e o Ministério Público Estadual (MPE) deflagraram a “Operação Simulacrum” nesta quinta-feira (31). As ordens judiciais foram decretadas pela 12ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá. Simulacrum é a tradução em latim de simulacro (aquilo que tem aparência enganosa).

 

Ao total, são 64 alvos mas, como alguns têm mais de uma ordem judicial, o número total subiu para 81.

 

Na época em que ocorreram os fatos, os policiais investigados encontravam-se lotados nos batalhões da Rotam, Bope e Força Tática do Comando Regional 1. O detalhamento dos fatos será apresentado ao final das diligências e conclusão da investigação.

 

Segundo o MPE e a Polícia Civil, o grupo de militares é investigado pela morte de 24 pessoas, com evidentes características de execução, além da tentativa de homicídio de, pelo menos, outras quatro vítimas, sobreviventes.

 

A operação faz parte das investigações realizadas em seis inquéritos policiais, já em fase de conclusão, relativos a supostos “confrontos” ocorridos em Cuiabá e Várzea Grande. De acordo com as investigações, os militares envolvidos contavam com a atuação de um colaborador que cooptava interessados na prática de pseudos crimes patrimoniais, sendo que, na verdade, o objetivo era ter um pretexto para matá-los.

 

Após atraí-los a locais ermos, onde já se encontravam os policiais militares, eram sumariamente executados, sob o falso fundamento de um confronto. Os responsáveis pela apuração dos fatos reforçam que há farto conteúdo probatório que contrapõe a tese de confronto apresentada pelos investigados.

 

As investigações indicam que a intenção do grupo criminoso era a de promover o nome dos policiais envolvidos e de seus respectivos batalhões. No âmbito do Ministério Público, o trabalho está sendo realizado pelos promotores de Justiça que atuam no Núcleo de Defesa da Vida.

 

Pela Polícia Civil, as investigações são conduzidas pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá.