Coração artificial é usado pela primeira vez em procedimento e evita transplante em bebê brasileiro
Com apenas 1 ano e 7 meses, um bebê diagnosticado com insuficiência cardíaca gravíssima se tornou o primeiro paciente do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp a utilizar um equipamento que funciona como um “coração artificial”. O procedimento inovador não apenas salvou sua vida, mas também evitou a necessidade de um transplante. Após um mês ligado à máquina, que assumiu parte das funções do órgão comprometido, o menino agora aguarda alta hospitalar, com perspectiva de uma vida normal e sem restrições.
Segundo o médico Orlando Petrucci Júnior, coordenador da cirurgia cardíaca do HC, o quadro do bebê foi causado por uma miocardite viral, consequência de uma virose. O uso do equipamento foi decisivo para sua recuperação, permitindo que o coração se fortalecesse ao longo do tratamento. “Foi o melhor cenário possível. A criança se recuperou, não precisou de transplante e continuará com o próprio coração, que ainda não está totalmente normal, mas ficará. Muito recompensador para nós, para a mãe e para o paciente”, afirmou o especialista.
O procedimento realizado na Unicamp é raro no Brasil devido à complexidade e à necessidade de infraestrutura especializada. Petrucci Júnior, que já havia utilizado essa tecnologia fora do país, destaca que poucos centros nacionais possuem acesso ao equipamento. A bem-sucedida recuperação do bebê reforça a importância do avanço da medicina cardiovascular e abre caminho para que mais pacientes em estado crítico possam se beneficiar dessa alternativa inovadora.
Conforme informações da Unicamp e Fatos Terra