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Médico Cuiabano faz apelo em suas redes sociais lockdown:”Não vamos esperar as pessoas morrerem na rua”

O médico Werley Peres, de Cuiabá,  publicou um vídeo em seu perfil do Instagram, na sexta-feira (12), onde pede por lockdown em Cuiabá e Várzea Grande devido ao aumento de internações de pacientes com quadro clínico grave causado pela covid. No vídeo, o médico afirma que não está fácil o trabalho dos profissionais de saúde, que vivem uma situação dramática nas redes pública e privada.

“Os leitos estão todos ocupados. Na rede pública, o relato de colegas é que parece cenário de guerra, a situação está extremamente grave. Neste momento não existe outra solução a não ser fechar tudo para dar um alívio e, com isso, as unidades consigam vencer, pelo menos, as demandas que estão chegando”, disse o médico.

Ele ainda avisa que da forma que está, com esses decretos leves [com medidas pouco restritivas] a tendência é só piorar. Então que se feche tudo logo de uma vez e segure duas semanas para que a gente consiga ter um alívio nas unidades de saúde. A situação está extremamente grave, senhores. Tenho relatos da rede pública aqui que são espantosos”.

Peres chama a atenção das autoridades.

“O que estamos esperando? Não há outra solução neste momento. Tem que fechar completamente e segurar a população por duas semanas, pelo menos na baixada cuiabana. Se não fizer isso, o que vamos esperar? As pessoas morrerem na rua?”, afirma o médico.

Werley Peres fez comentários em um grupo de WhatsApp sobre o fechamento do Pronto Atendimento do Complexo Hospitalar de Cuiabá. Na tarde do último sábado (13), o antigo Hospital Jardim Cuiabá teve um aumento nos números atendimentos a pacientes com covid e precisou anunciar o fechamento, temporário, do PA.

“Acabei de sair de um plantão bem cansativo.  Assim como o Jardim Cuiabá outras unidades estão no limite. Não vejo outra saída nesse momento a não ser endurecer as medidas restritivas. A questão é matemática, não há gente e nem leito suficiente para esse tanto de pessoas adoecendo ao mesmo tempo. É uma questão de dar chances de vida aos que estão doentes. Essa medida tem que ser rápida, pois, a tendência de aumentar, ainda mais, os casos graves”.